A Rede Sustentabilidade no Amazonas atravessa um profundo conflito interno que ameaça desmantelar o bloco unificado projetado para as eleições de 2026.
O partido foi escolhido pelas principais lideranças indígenas do estado para aglutinar forças e garantir representação inédita no Congresso Nacional.
Dessa forma, lideranças históricas da Rede, como a ex-candidata nas últimas eleições, Vanda Witoto, e Jecinaldo Sateré, já conversam com outras siglas, como a Federação PT-PCdoB e partidos de centro, como MDB e PSD.
Enquanto isso, o novo porta-voz interino da Rede no Amazonas, Marcos Apurinã, busca manter o partido de pé e a luta pela pauta indígena.
“Eu ainda vou falar com a Vanda [Witoto], apesar de que ela já declarou estar cogitando ir para o PT ou PCdoB”, declarou o dirigente partidário.
O Amazonas possui a maior população indígena do país, com quase 500 mil indivíduos. Apesar dessa força numérica, o estado nunca elegeu um deputado estadual ou federal indígena.
E foi com o objetivo de quebrar esse tabu e aumentar a bancada indígena em todos os níveis, que as principais lideranças optaram por se filiar à Rede Sustentabilidade.
Dessa forma, a Rede foi inicialmente vista como um partido de esquerda que poderia abarcar a pauta dos direitos indígenas e aglutinar outros movimentos sociais.
A estratégia era construir um forte coeficiente eleitoral a partir da união de votos, garantindo que alguma liderança indígena fosse eleita, fosse ela federal ou estadual. O objetivo era alcançar um êxito inédito.



